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Energia solar vai ultrapassar a capacidade da nuclear no próximo ano

No final de 2017, estima-se que as centrais solares de todo o mundo já terão uma capacidade praticamente igual às nucleares

As centrais solares têm vindo a ganhar terreno no mercado da energia e, pela primeira vez, vão ultrapassar em capacidade as centrais nucleares. Até ao final deste ano, as estimativas apontam para que a energia solar fotovoltaica atinja uma capacidade de 390 gigawatts a nível mundial, quando a capacidade nuclear está hoje fixada em 391,5 gigawatts. A China, que está a apostar em força nas renováveis, lidera esta inversão da tendência.

A previsão consta da mais recente análise de mercado da empresa GTM Research, uma referência na indústria energética. Só em 2017, assinala o relatório, estima-se que a capacidade das centrais solares cresça 81 gigawatts. E, em 2022, deverá chegar aos 871 gigawatts, mais do que o dobro, portanto, dos 390 esperados até dezembro próximo - e também mais do que o dobro da capacidade nuclear atual.

Estes dados indicam o rápido crescimento da energia sustentável, mas não significam que o Sol passe a ter, nos próximos anos, maior peso do que o nuclear na produção de eletricidade. Esse ponto de viragem só está previsto para meados do século XXI. Isto porque, apesar de se encontrarem prestes a superar a capacidade das centrais nucleares, na prática as centrais solares não conseguem gerar tanta energia. A eficiência do nuclear é bem maior, até porque não depende de factores naturais como o céu nublado ou o simples facto de anoitecer, que interrompem a produção de eletricidade através das centrais solares.

Para se ter uma ideia da diferença que ainda existe, as centrais nucleares geram hoje quase 2,5 milhões de gigawatts por hora, enquanto as solares se ficam pelos 375 mil gigawatts/hora. Segundo a Agência Internacional de Energia, no ano de 2050 o cenário será outro: o Sol terá ultrapassado não apenas o nuclear mas também os combustíveis fósseis como principal fonte de produção de eletricidade no mundo. O marco histórico que se avizinha será mais um sinal de que esse futuro se aproxima.

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